segunda-feira, 27 de abril de 2015
"Vingadores: Era de Ultron" chega aos cinemas brasileiros!
Ultron não é apenas um dos grandes vilões no universo dos quadrinhos da Marvel, mas é sobretudo um dos maiores tormentos na consciência de Tony Stark (Robert Downey Jr.), também conhecido como Homem de Ferro. O problema vem de longe. As indústrias Stark, desde o pai de Tony, fizeram sua fama como fabricantes de armas. Se por um lado essas armas ajudaram o exército americano, por outro fizeram com que os inimigos da América também pudessem revidar. Foram guerras e mais guerras, além de muitas mortes, todas provocadas pelos incríveis equipamentos bélicos construídos com a tecnologia da família Stark e vendidos mundo afora.
Tony Stark, vendo uma possibilidade de redenção, usa de todo o seu conhecimento tecnológico (além de muito investimento) na criação de uma legião de robôs capacitados com inteligência artificial que serviriam como uma espécie de policiais a serviço do bem. Mas, como é bastante comum no universo da ficção que envolve robôs e inteligência artificial, a máquina em determinado momento começa a pensar por si mesma. Adquire personalidade e passa a agir de acordo com seus próprios instintos. É assim que nasce Ultron, um robô dotado de muita inteligência, força extrema e o único desejo de acabar com os heróis Vingadores e consequentemente toda a humanidade.
"Vingadores: Era de Ultron" mostra essa guerra entre homens e máquinas. É um filme de ação e de super-heróis. E, como no primeiro filme da série, estão todos aqui: Homem de Ferro, Capitão América, Gavião Arqueiro, Hulk, Viúva Negra, Thor. Há muita explosão e destruição, como espera qualquer bom fã de um filme do gênero. Mas "Era de Ultron" também abre espaço para bons momentos de humor, como numa sequência ainda próxima ao início do filme, quando todos os heróis vestidos como simples mortais numa festa descontraída tentam erguer o inseparável martelo do Thor.
Além disso, e também como tem sido comum nos filmes do gênero, há uma certa dose dramática que, além de humanizar, tenta dar um ar de veracidade na história que estão nos contando. É assim com o Gavião Arqueiro (Jeremy Renner), que neste sgundo filme ganha uma participação maior e apresenta seu lado família - com esposa e filhos. Ainda que inesperado, vemos também um interesse amoroso entre a Viúva Negra (Scarlett Johansson) e David Banner/Hulk (Mark Ruffalo).
Mas não podemos nos esquecer de uma coisa: em filme de herói que se preze é preciso um vilão a altutra. Nesse sentido, Ultron acaba ganhando todo o destaque possível, e merecidamente. É possível afirmar, no entanto, que o robô Ultron não seria o mesmo sem a voz poderosa de James Spader. Aliás, não somente a voz. James Spader participou das filmagens, atuando na pele de seu personagem e todo conectado a sensores para a captação de movimentos. Tudo coordenado e elaborado pelo mestre na técnica Andy Serkis, famoso por este trabalho em personagens como King Kong, Golum e no macaco Caesar de "O Planeta dos Macacos".
Ocorre que há um detalhe importante. James Spader foi chamado para o papel graças a sua participação impecável no seriado de TV "The Blacklist", no qual intepreta um anti-herói: um ex-agente do FBI que tornou-se um membro importante das piores organizações criminosa do mundo. Quem acompanha a série e conhece bem a interpretação de Spader, e não somente sua voz mas principalmente seu gestual, certamente vai reconhecer o ator no assustador robô Ultron criado para o filme dos Vingadores. Sim, todos nós gostamos e estamos ao lado dos heróis. Mas Ultron é um vilão realmente espetacular.
Ação, Aventura - (Avengers: Age of Ultron) EUA, 2015. Direção: Joss Whedon. Elenco: Chris Evans, Robert Downey Jr., Scarlett Johansson, Mark Ruffalo. Duração: 141 min. Classificação: 12 anos.
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