sexta-feira, 25 de abril de 2014

PostHeaderIcon Filmes em cartaz

Divergente

Em um futuro distópico, para evitar guerras, a sociedade é dividida em cinco facções, cada uma contribuindo com um diferente setor da sociedade.

Os que culpavam a agressividade formaram a Amizade, os que culpavam a ignorância se tornaram a Erudição, os que culpavam a mentira fundaram a Franqueza, os que culpavam o egoísmo geraram a Abnegação, e os que culpavam a covardia se juntaram à Audácia.

Todos os jovens ao completarem 16 anos passam por um teste onde descobrem a qual facção pertencem. Porém algo raro acontece no teste de Beatrice Prior (Tris): seus resultados são inconclusivos. Isso significa que ela pertence a mais de uma facção.

Eles chamam isso de DIVERGENTE. Divergentes não podem ser controlados e devem ser eliminados.


Ação - (Divergent) EUA, 2014. Direção: Neil Burger. Elenco: Shailene Woodley, Theo James, Kate Winslet, Jai Courtney, Miles Teller, Ashley Judd. Duração: 139 min. Classificação: 14 anos.



O Grande Mestre

Um drama épico de artes marciais, que se passa durante a tumultuada China dos anos 1930, inspirado na vida do lendário homem IP (Tony Leung Chiu Wai), mentor de Bruce Lee. A trama envolve temas como: guerra, família, vingança, desejo, memória e amor. 

O elenco de estrelas é protagonizado por Tony Leung Chiu Wai (Days of Being Wild – Seleção Oficial Berlim 1991, Amores Expressos, Felizes Juntos, Amor à Flor da Pele e 2046, todos dirigidos por Wong Kar Wai), também inclui Zhang Ziyi (O Tigre e Dragão, de Ang Lee), que foi um dos selecionados da competição em Berlim 2009 com o filme Forever Enthralled (de Chen Kaige), Chang Chen (O Tigre eo Dragão; Eros de Wong Kar Wai), Zhao Benshan (Happy Times, de Zhang Yimou), Xiao Shengyang (uma Mulher, uma arma e uma Loja de noodle, de Zhang Yimou – Competição Oficial de Berlim 2010) e Song Hye Kyo (Uma razão para viver, de Lee Jeong-Hyang), entre outros atores e artistas marciais top da Ásia.

O filme teve quase três anos de produção e mais de uma década de preparação. Wong Kar Wai começou a explorar a idéia de fazer THE GRANDMASTER em 1996. Com a sua assinatura, estilo, atmosfera de humor e realidade, o diretor Wong Kar Wai investiga a eterna questão das artes marciais em saber se o vencedor é mais do que apenas o "último homem em pé", e traz o gênero a um novo patamar.

Ação - (Yi daí zong shi) China, 2013 Direção: Wong Kar Wai. Elenco: Tony Leung, Zhang Ziyi, Jin Zhang. Duração: 130 min. Classificação: 12 anos.



Julio Sumiu

O filme "Julio sumiu" se passa na zona sul do Rio de Janeiro. Edna (Lilia Cabral) é mãe de Julio (Pedro Nercessian) e Sílvio (Fiuk). Um dia ela acorda desesperada ao perceber que Julio simplesmente desapareceu, sem deixar pistas. Preocupada, ela vai à delegacia com Eustáquio (Dudu Sandroni), seu marido, mas eles são destratados pelo delegado adjunto J. Rui (Augusto Madeira), que estava mais interessado em conquistar a colega de trabalho Madalena (Carolina Dieckmann). Após receber na secretária eletrônica um aviso de que o filho está com Tião Demônio (Leandro Firmino), o chefão do tráfico do morro ao lado, Edna decide ir até lá negociar. Surpreendida por um tiroteio, ela acaba guardando 20 kg de cocaína para o traficante que, em troca, promete libertar Julio. O problema é que Sílvio, ao descobrir a cocaína, decide vendê-la.

Comédia - Brasil, 2014. Direção: Roberto Berliner. Elenco: Lília Cabral, Fiuk, Carolina Dieckmann, Augusto Madeira. Duração: 100 min. Classificação:16 anos.




Copa de Elite

Em "Copa de Elite", o policial Jorge Capitão (Marcos Veras) é um competente capitão do BOP e um ídolo brasileiro. Só que depois dele salvar de um sequestro o maior craque argentino, às vésperas da Copa, acaba virando o inimigo público número 1 da nação. Expulso da corporação e desacreditado pelo povo, Capitão precisa reaprender a trabalhar em equipe para evitar um atentado contra o Papa na final do torneio. É quando entra em cena a empresária de sex shop Bia Alpinistinha (Julia Rabello), um médium (Bento Ribeiro) e sua mãe muito louca (Alexandre Frota). A comédia satiriza filmes brasileiros de sucesso como "Tropa de Elite", "Nosso Lar", "Bruna Surfistinha" e "Se Eu Fosse Você?".

Comédia - Brasil, 2014. Direção: Vitor Brandt. Elenco:  Marcos Veras, Rafinha Bastos, Alexandre Frota, Anitta, Latino, Bruno de Lucca. Duração: 100 minutos. Classificação: 14 anos.



"7 Caixas"
Produção Made in Paraguai que chega aos cinemas brasileiros


Para quem está na casa dos 30 ou 40 anos de idade, a associação é imediata: quando se fala em Paraguai, vem à lembrança o irônico e provocativo comercial de televisão no qual um suposto paraguaio dizia "La garantia soy yo". A brincadeira, que nos (chatos) dias atuais seria considerada de mau gosto e politicamente incorreta, só reforçava a ideia de que no Paraguai tudo é falsificado.

Esse conceito, apenas para provocar algum riso, pode ser associado ao lançamento de "7 Caixas", a primeira produção cinematográfica "made in Paraguay" em várias décadas. País pequeno, nosso vizinho tem pouca ou nenhuma expressão do mundo do cinema. Como, então, produzir um filme como "7 Caixas", que resultou na maior bilheteria de toda a história do Paraguai, com mais de 250 mil espectadores? Já que falsificar seria um termo um tanto grosseiro, podemos utilizar as expressões emular ou se inspirar.

Pois é isso o que fazem os cineastas Juan Carlos Maneglia e Tana Schembori neste "7 Caixas", um misto de ação, suspense, drama, policial e comédia. Inspiram-se e emulam - sem nenhum constrangimento - todos os ingredientes da fórumula de sucesso dos filmes "made in Hollywood" nesses gêneros. E que fique claro: não há nenhum demérito nisso. Se é para copiar, que seja uma cópia bem feita e daqueles que sabem fazer. E nesse sentido, "7 Caixas" copiou direitinho e o resultado é dos mais positivos. 




Filmado no Paraguai, com parcos recursos, a trama se passa inteiramente num mercado a céu aberto que lembra a nossa 25 de Março, em São Paulo. São barracas e mais barracas, um amontoado de mercadorias e muita gente circulando para lá e para cá. Nesse quase inferno, entra em cena o garoto  Víctor (Celso Franco), adolescente de 17 anos de idade que trabalha no mercado como carregador. O rapaz, no entanto, aproveita cada segundo de folga para ficar assistindo aos filmes americanos numa pequena TV instalada numa barraca. E seu sonho, obviamente, é tornar-se um astro como aqueles dos filmes e também aparecer na televisão.

Víctor, menino pobre, sabe que a perspectiva para alcançar esse sonho é quase nula. Mas como sua imaginação é criativa, ele encontra uma solução que pode ser simples e caseira. Basta conseguir comprar um telefone celular com câmera e filmar a si mesmo todo seu cotidiano. Não é bem atingir o estrelato, mas é o mais próximo que Víctor pode chegar para se ver numa tela. O problema é conseguir dinheiro para sua compra. E a chance aparece quando recebe uma proposta tão inusitada quanto suspeita. Ele deve transportar as tais sete caixas mencionadas no título. O que existe dentro delas Víctor não tem ideia. E para onde deve levar as caixas ele só vai descobrir durante o trajeto entre as barracas do mercado. O serviço irá lhe garantir US$ 100. Mas o homem que o contrata lhe dá apenas metade da nota. Ao final da missão, Víctor receberá a outra metade.

Alguns dos princiais elementos de um arco dramático já estão lançados. Temos um personagem mergulhado num drama social e com um objetivo, mas cujas barreiras para alcançá-lo dependem de uma carga de mistério e suspense. Para completar a cartilha do bom cinema americano, basta agora adicionar os temperos: entra em cena a ação, protagonizada por bandidos e policiais, além de uma espécie de anjo da guarda do protagonista - no caso, uma amiga de Víctor, Liz (Lali Gonzalez), que irá ajudá-lo a proteger as caixas e assim garantir seu pagamento.


Evidente que os diretores Juan Carlos Maneglia e Tana Schembori não emulam (ou copiam) apenas a trama. A maneira de filmar também é inspirada em quase tudo o que já conhecemos muito bem em Hollywood. Daí termos uma câmera alucinada, tremida, correndo com e junto aos personagens. Sim, câmera na mão, em gruas, pregadas nos atores ou sobre carrinhos. A ação é frenética. Os ângulos são inspirados e inusitados. Some-se isso a uma história bem contada e temos uma produção que agrada e prende a atenção.