quarta-feira, 9 de abril de 2014
19º Festival Internacional de Documentários vai até dia 13 de abril
O É Tudo Verdade 2014 – 19º Festival Internacional de Documentários apresenta uma seleção de 77 títulos, vindos de 26 países. Destes, 19 produções farão sua première mundial.Em São Paulo, o público poderá acompanhar o mais importante evento dedicado exclusivamente à produção não-ficcional na América Latina até 13 de abril.
O Festival19ºFestival Internacional de Documentários foi fundado e é dirigido pelo crítico Amir Labaki. Ele conta que nada menos que seis dos sete longas nacionais concorrentes são dirigidos por realizadores que nunca disputaram o festival. Também todos menos um (Alex Gibney) dos diretores na competição internacional de longas concorrem pela primeira vez. Além disso, também as retrospectivas trazem uma marca extra de ineditismo, com a primeira dedicada a uma cineasta brasileira, Helena Solberg, e também a primeira a um cineasta oriental, Shohei Imamura.
A sessão de abertura em São Paulo, ocorrida no dia 3, apresentou a première latino-americana de Canção da Floresta, de Michael Obert (Alemanha, 96 min., 2013), um retrato do etnomusicólogo Louis Sarno que venceu o Festival Internacional de Documentários de Amsterdã (IDFA) no ano passado.
A Competição Brasileira de Longas e Médias-Metragens apresentará sete filmes – seis premières mundiais e uma première brasileira. Já a Competição Brasileira de Curtas-Metragens exibirá nove filmes, sendo seis inéditos.
Helena Solberg é homenageada com a retrospectiva brasileira do ano, incluindo de seus primeiros curtas-metragens a destaques de sua produção documental em seu longo período nos EUA e de seu retorno ao Brasil, nos anos 1990. Acompanhando a mostra, o festival lança ainda um livro dedicado a cineasta, escrito pela pesquisadora mineira Mariana Tavares.Serão apresentados 8 de seus filmes, além do longa “As Aventuras de Helena - Para o É Tudo Verdade”, versão especial do programa sobre Helena Solberg, dirigido por Betse de Paula, realizada especialmente para o É Tudo Verdade 2014.
Duas homenagens especiais a cineastas brasileiros acontecem em parceria com o Instituto Moreira Salles (IMS). A obra de Eduardo Coutinho (1933-2014) será celebrada com a exibição de “Sobreviventes de Galileia”, que mostra o retorno de Coutinho a Galileia quase 30 anos após o lançamento de “Cabra Marcado para Morrer” e, de “A Família de Elizabeth Teixeira”, que mostra a personagem central de “Cabra” agora com 88 anos. Ambos filmes, realizados como extras para a edição em DVD de “Cabra Marcado para Morrer”, serão exibidos pela primeira vez em São Paulo.
Por sua vez, Leon Hirszman (1937-1987) será homenageado com a pré-estreia de “Posfácio – Imagens do Inconsciente”, longa-metragem inédito com depoimento da dra. Nise da Silveira (1905-1999) montado por Eduardo Escorel a convite do IMS. O documentário complementa a trilogia “Imagens do Inconsciente” (1983-86), cuja versão restaurada será lançada em DVD no segundo semestre pelo instituto.
A Seleção Internacional, dividida em mostras competitivas (longas e curtas) e informativas (Especiais, O Estado das Coisas, Foco Latino-Americano), apresenta 43 títulos. Dentre os destaques em festivais internacionais estão: “Retorno a Homs” (Síria), de Talal Derki, vencedor do Prêmio do Júri Internacional de Melhor Documentário do Festival de Sundance 2014, e “Rio de Pedra” (Itália e França), de Giovanni Donfrancesco, vencedor do prêmio de Melhor Documentário do Festival Internacional de Cinema de Roma.
Entre as premières mundiais de produções brasileiras e internacionais programadas fora de concurso, destacam-se: “De Gravata e Unha Vermelha” de Miriam Chnaidermann, sobre a afirmação da identidade no Brasil de transsexuais, transgenders e crossdressings, “Los Hermanos - Esse é Só o Começo do Fim da Nossa Vida”, de Maria Ribeiro, que mostra os bastidores da turnê de retorno da banda, “Ruptura” (EUA), de Pamela Yates, que retrata um grupo de economistas, que se une a mulheres pobres da Colômbia, Brasil e Peru, visando colocar em prática projetos para a erradicação da pobreza e para minorar as desigualdades sociais e “20 Centavos”, de Tiago Tambelli, que registra as manifestações de rua em São Paulo, em junho de 2013, que começaram com uma revolta pelo aumento das passagens de ônibus.
A Retrospectiva Internacional apresenta a obra documental de Shohei Imamura (1926-2006), considerado um dos mais importantes cineastas japoneses de todos os tempos.
Vencedor da Palma de Ouro por duas vezes, com os filmes “A Balada de Narayama” (1983) e “A Enguia” (1997), Imamura se dedicou ao documentário entre 1967 e 1975, utilizando o gênero para mostrar a opressão social, personagens marginais e as marcas deixadas pela Segunda Guerra Mundial. Seis filmes serão exibidos, incluindo seu primeiro documentário, “Um Homem Desaparece”, de 1967, que investiga o desaparecimento de um noivo, que irá revelar uma história de surpresas.
No Centro CulturaL Banco do Brasil de São Paulo e Rio de Janeiro, será realizado um encontro com o cineasta japonês, Yoju Matsubayashi, discípulo de Imamura e formado pela Imamura Shohei Film School, também diretor do documentário “Os Cavalos de Fukushima”, selecionado para a mostra informativa O Estado das Coisas.
Também faz parte da programação o relançamento do livro “O Cinema do Real”, organizado por Amir Labaki e Maria Dora Mourão, reeditado pela primeira vez em formato de bolso pela Cosac Naify.
O material gráfico do É Tudo Verdade 2014 celebra a obra do fotógrafo japonês Haruo Ohara (1909-1999), que se radicou no Brasil aos 17 anos, dedicando-se à agricultura em São Paulo e no Paraná. Desde 1938, quando comprou sua primeira câmera, Ohara não parou mais de registrar impressões de seu cotidiano. Em 2000, suas fotos foram o destaque da 3ª Bienal Internacional de Curitiba. Oito anos depois, passou a integrar o acervo do Instituto Moreira Salles, que desde então tem preservado e divulgado seus trabalhos a partir de lançamentos e exposições. O curta “Haruo Ohara”, de Rodrigo Grota, que reconstitui a figura do imigrante japonês, agricultor e fotógrafo autodidata, será exibido como programa especial.
Para conhecer toda a programação e sinopses dos filmes em exibição, confira o site do Festival É Tudo Verdade. http://etudoverdade.com.br/br/programacao/
O Festival19ºFestival Internacional de Documentários foi fundado e é dirigido pelo crítico Amir Labaki. Ele conta que nada menos que seis dos sete longas nacionais concorrentes são dirigidos por realizadores que nunca disputaram o festival. Também todos menos um (Alex Gibney) dos diretores na competição internacional de longas concorrem pela primeira vez. Além disso, também as retrospectivas trazem uma marca extra de ineditismo, com a primeira dedicada a uma cineasta brasileira, Helena Solberg, e também a primeira a um cineasta oriental, Shohei Imamura.
A sessão de abertura em São Paulo, ocorrida no dia 3, apresentou a première latino-americana de Canção da Floresta, de Michael Obert (Alemanha, 96 min., 2013), um retrato do etnomusicólogo Louis Sarno que venceu o Festival Internacional de Documentários de Amsterdã (IDFA) no ano passado.
A Competição Brasileira de Longas e Médias-Metragens apresentará sete filmes – seis premières mundiais e uma première brasileira. Já a Competição Brasileira de Curtas-Metragens exibirá nove filmes, sendo seis inéditos.
Helena Solberg é homenageada com a retrospectiva brasileira do ano, incluindo de seus primeiros curtas-metragens a destaques de sua produção documental em seu longo período nos EUA e de seu retorno ao Brasil, nos anos 1990. Acompanhando a mostra, o festival lança ainda um livro dedicado a cineasta, escrito pela pesquisadora mineira Mariana Tavares.Serão apresentados 8 de seus filmes, além do longa “As Aventuras de Helena - Para o É Tudo Verdade”, versão especial do programa sobre Helena Solberg, dirigido por Betse de Paula, realizada especialmente para o É Tudo Verdade 2014.
Duas homenagens especiais a cineastas brasileiros acontecem em parceria com o Instituto Moreira Salles (IMS). A obra de Eduardo Coutinho (1933-2014) será celebrada com a exibição de “Sobreviventes de Galileia”, que mostra o retorno de Coutinho a Galileia quase 30 anos após o lançamento de “Cabra Marcado para Morrer” e, de “A Família de Elizabeth Teixeira”, que mostra a personagem central de “Cabra” agora com 88 anos. Ambos filmes, realizados como extras para a edição em DVD de “Cabra Marcado para Morrer”, serão exibidos pela primeira vez em São Paulo.
Por sua vez, Leon Hirszman (1937-1987) será homenageado com a pré-estreia de “Posfácio – Imagens do Inconsciente”, longa-metragem inédito com depoimento da dra. Nise da Silveira (1905-1999) montado por Eduardo Escorel a convite do IMS. O documentário complementa a trilogia “Imagens do Inconsciente” (1983-86), cuja versão restaurada será lançada em DVD no segundo semestre pelo instituto.
A Seleção Internacional, dividida em mostras competitivas (longas e curtas) e informativas (Especiais, O Estado das Coisas, Foco Latino-Americano), apresenta 43 títulos. Dentre os destaques em festivais internacionais estão: “Retorno a Homs” (Síria), de Talal Derki, vencedor do Prêmio do Júri Internacional de Melhor Documentário do Festival de Sundance 2014, e “Rio de Pedra” (Itália e França), de Giovanni Donfrancesco, vencedor do prêmio de Melhor Documentário do Festival Internacional de Cinema de Roma.
Entre as premières mundiais de produções brasileiras e internacionais programadas fora de concurso, destacam-se: “De Gravata e Unha Vermelha” de Miriam Chnaidermann, sobre a afirmação da identidade no Brasil de transsexuais, transgenders e crossdressings, “Los Hermanos - Esse é Só o Começo do Fim da Nossa Vida”, de Maria Ribeiro, que mostra os bastidores da turnê de retorno da banda, “Ruptura” (EUA), de Pamela Yates, que retrata um grupo de economistas, que se une a mulheres pobres da Colômbia, Brasil e Peru, visando colocar em prática projetos para a erradicação da pobreza e para minorar as desigualdades sociais e “20 Centavos”, de Tiago Tambelli, que registra as manifestações de rua em São Paulo, em junho de 2013, que começaram com uma revolta pelo aumento das passagens de ônibus.
A Retrospectiva Internacional apresenta a obra documental de Shohei Imamura (1926-2006), considerado um dos mais importantes cineastas japoneses de todos os tempos.
Vencedor da Palma de Ouro por duas vezes, com os filmes “A Balada de Narayama” (1983) e “A Enguia” (1997), Imamura se dedicou ao documentário entre 1967 e 1975, utilizando o gênero para mostrar a opressão social, personagens marginais e as marcas deixadas pela Segunda Guerra Mundial. Seis filmes serão exibidos, incluindo seu primeiro documentário, “Um Homem Desaparece”, de 1967, que investiga o desaparecimento de um noivo, que irá revelar uma história de surpresas.
No Centro CulturaL Banco do Brasil de São Paulo e Rio de Janeiro, será realizado um encontro com o cineasta japonês, Yoju Matsubayashi, discípulo de Imamura e formado pela Imamura Shohei Film School, também diretor do documentário “Os Cavalos de Fukushima”, selecionado para a mostra informativa O Estado das Coisas.
Também faz parte da programação o relançamento do livro “O Cinema do Real”, organizado por Amir Labaki e Maria Dora Mourão, reeditado pela primeira vez em formato de bolso pela Cosac Naify.
O material gráfico do É Tudo Verdade 2014 celebra a obra do fotógrafo japonês Haruo Ohara (1909-1999), que se radicou no Brasil aos 17 anos, dedicando-se à agricultura em São Paulo e no Paraná. Desde 1938, quando comprou sua primeira câmera, Ohara não parou mais de registrar impressões de seu cotidiano. Em 2000, suas fotos foram o destaque da 3ª Bienal Internacional de Curitiba. Oito anos depois, passou a integrar o acervo do Instituto Moreira Salles, que desde então tem preservado e divulgado seus trabalhos a partir de lançamentos e exposições. O curta “Haruo Ohara”, de Rodrigo Grota, que reconstitui a figura do imigrante japonês, agricultor e fotógrafo autodidata, será exibido como programa especial.
Para conhecer toda a programação e sinopses dos filmes em exibição, confira o site do Festival É Tudo Verdade. http://etudoverdade.com.br/br/programacao/
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