quarta-feira, 27 de junho de 2012
Coringão na final da Libertadores
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São Paulo |
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Diferente de últimas participações, clube atingiu decisão inédita com time de coadjuvantes
Bruno Winckler , iG São Paulo | 21/06/2012
O elenco que levou o Corinthians à sua primeira final de Libertadores nada tem em comum com os times montados pelo clube nas últimas participações da equipe no torneio. Tratado como obsessão nos últimos 20 anos, o clube tentou vencê-lo apostando em grandes craques com potencial de brilhar e conduzir a equipe ao título, mas sempre falhou.
Em 2012, o Corinthians não tem craques como Ronaldo, Roberto Carlos, Tevez, Ricardinho, Marcelinho, Edílson e Edmundo. Todos eles tentaram e receberam a confiança do torcedor e da diretoria do clube. Porém, antes do feito conseguido na quarta-feira, contra o Santos, o mais longe que o Corinthians havia ido foram as semifinais de 2000.
A base da equipe titular que pôs o Corinthians em uma condição inédita na sua história é formada por apostas distintas em desconhecidos e em jogadores experientes. Leandro Castán, Ralf e Paulinho tiveram boa participação em times do interior paulista antes de serem contratados como incógnitas e vingarem. Danilo e Alex, campeões da Libertadores de 2005 e 2006, respectivamente, são o toque de experiência. Eles ganham o apoio de Chicão e Alessandro, no clube desde a Série B de 2008. Este cenário é diferente do proposto pelo Corinthians nas suas últimas participações na Libertadores.
Em 1996, o astro da equipe foi Edmundo. Depois de passagem vitoriosa pelo Palmeiras, o atacante chegou ao time que vencera a Copa do Brasil de 1995 com responsabilidade de ser o craque da equipe. Apesar de boas atuações, o Corinthians não foi além das quartas de final e acabou eliminado pelo Grêmio.
Em 1999 e 2000, com um time que se sagrara bicampeão brasileiro, o Corinthians esteve perto do sonhado título com jogadores como Marcelinho, Edílson, Luizão, Vampeta, Rincón e Ricardinho. Talvez um dos melhores elencos da história do clube. Mas duas disputas de pênalti contra um Palmeiras igualmente estrelado frearam as pretensões corintianas mais uma vez.
Em 2006, com o dinheiro injetado pela MSI que rendera o título brasileiro de 2005, o Corinthians entrou no torneio apostando em Tevez, craque do time e campeão da Libertadores com o Boca Juniors em 2003. Após uma boa campanha na fase de grupos, a equipe caiu para o River Plate já nas oitavas de final.
Após quatro anos e com uma passagem pela Série B, o Corinthians voltou à Libertadores em 2010. Já contando com Ronaldo no elenco, o clube contratou Roberto Carlos e apostou que no ano do seu centenário o título viria. Mais uma vez, mesmo com boa campanha na primeira fase, a equipe não foi além das oitavas sendo eliminada pelo Flamengo. Em 2011, ainda com Ronaldo e Roberto Carlos, o pesadelo foi ainda maior e o Tolima foi algoz.
“O Tite sempre fala que o forte do Corinthians é o conjunto. Não tem isso de individualizar. São todos merecedores em viver esse momento porque nossa campanha é intocável até aqui. Agora é ter pés no chão e saber que faltam mais duas batalhas. Temos de manter o que estamos fazendo. Marcando forte e contando com nossa qualidade podemos ir mais longe”, disse o volante Paulinho.
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